Cultura

O Espírito Santo possui uma enorme diversidade cultural. A rica combinação é uma mistura dos costumes e das tradições indígenas, africanas e dos diversos imigrantes (italianos, alemães, pomeranos, libaneses, entre outros) que fixaram residência no Estado.

O Espírito Santo é Congo, Jongo, Ticumbi, Reis de Boi, Pastorinhas, Alardo, tem também o Boi Pintadinho. Tamanha diversidade do folclore forma um surpreendente mosaico.

O Estado possui algumas festas culturais tradicionais, como a Festa da Polenta (Venda Nova do Imigrante) e o Festival de Sanfonas e Concertinas (Santa Teresa).

É possível fazer uma viagem entre o passado e o presente nos casarios de Muqui, com mais de duzentas construções tombadas, no Porto de São Mateus, em Santa Leopoldina, que recebeu a visita de D. Pedro II, no Convento da Penha e nas construções do Centro de Vitória.

A belíssima Catedral Metropolitana, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, o Convento São Francisco, a Igreja de São Gonçalo e o Teatro Carlos Gomes, estão localizados no Centro da capital.

Os bens imóveis tombados pelo Estado e pela União, existentes no Espírito Santo, podem ser conferidos no catálogo “Patrimônio Cultural do Espírito Santo - Arquitetura”. Da Estação de Matilde em Alfredo Chaves à Casa Lambert em Santa Teresa; dos núcleos históricos de São Mateus, Santa Leopoldina e São Pedro de Itabapoana ao Palácio Anchieta em Vitória vamos montando, como em um mosaico, a cara do Espírito Santo.

CONGO

O Congo Capixaba é um gênero musical brasileiro, típico das regiões litorâneas do Espírito Santo.

A dança é formada por instrumentos como o tambor de congo, bumbo ou caixa, casaca ou reco-reco, cuíca, chocalho, triângulo e apito (utilizado pelo mestre no início e término das toadas). As toadas, na maioria das vezes, são feitas em homenagens a santos, como São Benedito e Nossa Senhora da Penha (padroeira do estado do Espírito Santo), mas também falam de temas como o mar, o amor e, às vezes, a morte.

Atualmente, além do lado religioso e folclórico, o Congo Capixaba também influencia bandas de música popular, que associam outros instrumentos musicais ao ritmo, como a guitarra e o baixo. Um exemplo é a banda Casaca, originária de Barra do Jucu, no município de Vila Velha. No Espírito Santo existem hoje 66 bandas de Congo catalogadas, em várias regiões do Estado. Em 2014, o Conselho Estadual de Cultura (CEC) reconheceu o Congo como Patrimônio Imaterial do Espírito Santo.

FESTA DA POLENTA

A Festa da Polenta é uma festa realizada na cidade de Venda Nova do Imigrante (ES) sempre na primeira e segunda semana de Outubro (durante 8 dias).

Todo ano, a preparação para a festa começa em Março, com o Plantio do Milho, em Bananeiras, na propriedade do Sr Ambrósio Falchetto.

Em Julho, acontece a Serenata Italiana pelas ruas da cidade até o Centro de Eventos, "Polentão".

No mês de Setembro ocorre a Colheita do Milho (plantado em Março), que será utilizado para a festa.

Finalmente em Outubro, começa a festa, e dentre as principais atrações, estão: o desfile do queijo gigante, das famílias, carros de boi, tropas e transporte de milho, eleição da Rainha e Princesas, além de shows Nacionais, e o famoso "Tombo da Polenta". Na nova Casa da Nonna é possível conhecer um pouco mais da cozinha, sala de bordados, café, sobremesas e bate-papo. Além do Paiol do Nonno com sanfona, viola e violão e muito trabalho para descascar, debulhar e moer o milho para fazer a polenta. Outra atração é o Armazém da Polenta, um lugar para reviver nossa história e levar lembranças da Festa da Polenta.

REIS DE BOI

O Reis de Boi é um auto em homenagem aos Santos Reis. É realizado no ciclo de Natal, prolongando-se até o dia de São Brás, comemorado no dia 03 de fevereiro. É dividido em duas partes: uma de louvação aos Santos Reis e outra de teatralização.

É a expressão folclórica mais popular da região Norte do Espírito Santo, sendo o 'Boi' a principal atração. O 'vaqueiro' conduz 'bichos' apavorantes - componentes do grupo que usam máscaras de lobos, fantasmas, lobisomens, cavalos-marinhos, e outras que fazem parte da memória coletiva. Assim que a bicharada entra em cena, as crianças fogem assustadas e ao mesmo tempo fascinadas. Este misto de medo e fascínio que garante a popularidade da celebração.

Com um bastão é entoada a marcha que rege o sapateado do vaqueiro, que usa roupa velha com paletó pelo avesso, bolso de fora e máscara. Após a exibição, ele para ofegante, e discursa - conta de onde vem e relata acontecimentos que todos sabem, de forma satírica. Canta-se, então, a chamada do 'Boi', que entra em cena dançando, fazendo graça, dando voltas e chifradas.

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