Agronegócio

No Espírito Santo, o início do setor agrícola está atrelado à expansão da atividade cafeeira durante os séculos XIX e XX. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Espírito Santo se destaca como primeiro, a nível nacional, na produção e exportação de café conilon em grãos, pimenta-do-reino, gengibre e pimenta-rosa. E maior produtor de ovos de codorna, chuchu, inhame e taioba. Se destacando também como maior exportador de mamão. O município de Santa Maria de Jetibá, na região Central Serrana, é o maior produtor nacional de ovos de galinha.

O agronegócio é responsável por 30% do PIB do Espírito Santo e há produção mesmo na região metropolitana, onde há maior concentração de outros setores econômicos, de acordo com os dados do Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro), com aproximadamente 33% dos empregos gerados na economia, sendo a principal atividade econômica de mais de 80% dos municípios capixabas.

CAFÉ

O Espírito Santo é o 2º maior produtor brasileiro de café, com expressiva produção de arábica e conilon, é responsável por mais de 30% da produção brasileira. O Estado também é o maior produtor de café conilon do Brasil, responsável por aproximadamente 70% da produção nacional e por até 20% da produção de café robusta do mundo.

O setor cafeeiro se destaca sendo a principal atividade agrícola de 61 cidades capixabas. Movido pelo agronegócio, o Espírito Santo tem seis municípios entre os 100 melhores do país para fazer negócios no setor, é o que aponta o ranking da consultoria Urban Systems, publicado em 2022. A melhor colocação é de São Mateus, que aparece em 20º lugar, em seguida Linhares, na 30ª, Aracruz 63ª, Colatina em 76º, Serra 83º e Cachoeiro de Itapemirim em 99ª posição. Entretanto, no Estado, os maiores produtores de café conilon são os seguintes municípios:  Rio Bananal, Vila Valério, Jaguaré, Vila Valério, Nova Venécia, Sooretama, Linhares, Rio Bananal, São Mateus, Pinheiros, Governador Lindenberg, Boa Esperança, Vila Pavão, São Gabriel da Palha, Colatina e Marilândia.

MAMÃO 

O mamão está entre as sete primeiras frutas da pauta de exportação do Brasil. O Espírito Santo continua sendo o maior exportador dessa fruta, basicamente para países da União Europeia. A produtividade no Espírito Santo é em torno de 50 t/ha ano, acima da média nacional.

É cultivado praticamente em todos os estados da federação, mas a Bahia e o Espírito Santo são os responsáveis por cerca de 70% da área e da produção de mamão no país.

A cultura concentra-se na região norte do Estado, cujas condições edafoclimáticas favoráveis possibilitam sua exploração como atividade agrícola de alta rentabilidade e de grande importância econômica e social. São cultivados mamoeiros tanto do grupo Solo (frutos com 350 e 600 g), conhecidos comumente como “mamão Papaia ou Havaí”, quanto do grupo Formosa, com frutos maiores, entre 800 e 1.200 g.

Os municípios inseridos na região do Polo de Mamão são: Linhares, Aracruz, Sooretama, Jaguaré, São Mateus, Conceição da Barra, Pinheiros, Boa Esperança, Pedro Canário, Montanha e Mucurici. As lavouras de Formosa estão localizadas, praticamente no extremo norte do Estado, nos municípios de Pinheiros, Pedro Canário, Mucurici, Boa Esperança, Montanha e Conceição da Barra. Já as do grupo Solo concentram-se nos municípios de Linhares, Aracruz, Sooretama, São Mateus e Jaguaré, sendo considerados os principais produtores.